A MÚSICA NA LITURGIA
(Pe. José Antônio – Barbacena – MG)
“Aclamem a Deus, nossa força. Acompanhem, toquem os pandeiros, a harpa melodiosa e a cítara” (Sl 81,2-4). “Cantem para ele ao som de instrumentos...” (cf 1Cr 15-16).
1. Introdução:
Todos nós temos consciência de como a música é importante em nossa vida. Como é divina, como faz bem! Se ela é tão importante em tudo, por que não seria também na liturgia? O povo diz com sabedoria que “quem canta reza duas vezes”. E é verdade. Assim, podemos afirmar com certeza que seria quase impossível uma liturgia sem a música e sem o canto.
O Documento da CNBB sobre a música na liturgia (Estudos, n. 79) lembra que “o canto cria comunidade, liga as pessoas entre si, e mais eficazmente as põe em sintonia com o Mistério de Deus” (n. 6).
Sem música a liturgia é um corpo sem alma. O canto anima (dá alma), cria o clima, ajuda a rezar, interioriza, evangeliza. O povo demonstra sua fé e alegria, seu amor e gratidão a Deus por meio do canto. Os hebreus e os cristãos, indígenas e negros, quase todos os povos e culturas sempre usaram a música e a dança como elementos essenciais em seus ritos. Através do canto, revelam a alegria da festa, a unidade de coração, o compromisso com a vida. O canto expressa emoção e luta, penitência e louvor.
A finalidade do canto não é apenas a de tornar a celebração mais leve, gostosa, movimentada. Mas ajudar a celebrar bem. A Igreja nos ensina que não podemos nos contentar em cantar na liturgia, mas devemos cantar a liturgia (Doc. 79, n. 27).
Para isso, precisamos saber distinguir bem o que é música litúrgica e o que não é:
a) Canto sacro: expressa um tema sagrado ou religioso;
b) Canto evangelizador: tem a finalidade de evangelizar e catequizar;
c) Canto litúrgico: está em função da celebração litúrgica e, por isso, ESTÁ SUJEITO ÀS NORMAS DA LITURGIA. Nem todo canto religioso é litúrgico.
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